quarta-feira, 7 de setembro de 2011

É possível experimentar alegria e inspiração durante todo o tempo?






Imagine a seguinte situação:

Ao acordar pela manhã logo um estado de alegria lhe toma conta, tudo é belo e agradável, teu coração é pleno de gratidão, e por o pé fora da cama já é para ti uma dádiva.

Ao encontrar cada pessoa em seu caminho sua alegria se multiplica, há uma grande felicidade de poder compartilhar através da sua atenção, amor, carinho, e da sua gentileza porque ela simplesmente transborda de dentro de ti e espontaneamente se espalha a tua volta.

Não há nenhuma preocupação capaz de abalar o seu estado emocional, para toda situação você exerga uma saída e por de trás de cada acontecimento uma lição a ser aprendida, tudo lhe é útil, e mesmo a dor ou a perca não é capaz de verdadeiramente te abalar.

Você torna-se uma referência para muitas pessoas, e só com a sua presença é capaz de transmitir ânimo, força, esperança, paz e alegria a todos.

Tua paz e tua alegria não dependem de acontecimentos externos, se você conseguir aquele emprego ou o teu negócio der lucro,  ótimo; se não conseguir não se sentirá frustrado, reconhecerá que não era o momento e que precisa se preparar mais.

Se você foi bem naquela prova, muito bom! Se não foi, tudo bem; você estudará mais para a próxima vez.

Aquela pessoa que você achou lindíssima não te deu bola? Tudo bem, chegará o seu momento de viver um novo, significativo e edificante relacionamento!

Agora, pelo contrário, você foi bem na prova, teus negócios prosperaram ou conquistou aquela vaga e aquela pessoa que você mais queria se apaixonou por ti, ótimo! Você simplesmente continuará sendo a pessoa feliz, alegre, inspirada, que você já era e agora poderá copartilhar com mais pessoas a tua volta o teu maravilhoso ser!

Ou seja, tua paz e alegria interna, acompanhada de inspiração e criatividade é contínua e não depende de acontecimentos externos.

Você consegue imaginar vivendo desta forma?

Você talvez possa dizer: - Mas eu não acredito que isto seja possível! Tudo bem! Se você não for capaz de ao menos conceber por meio da sua imaginação, como seria viver num estado assim, ele realmente não será possível para ti.

Agora se você acredita nesta possibilidade, então basta traçar a sua meta, o seu objetivo e trabalhar no sentido de criar condições favoráveis para que este estado interno seja exteriorizado.

Sim! Exteriorizado, porque o estado de graça, de paz e de bem-aventurança já existem dentro de você aqui e agora, no entanto, eles se encontram embotados, soterrados, esquecidos, desestimulados.

Basta desfazer todos os bloqueio que te impedem de viver através da alegria plena para que a alegria plena se manifeste através do teu ser e se extenda a todos através de ti.

O caminho para esta realização é o caminho da espiritualidade, o caminho da reforma íntima, da superação de paradigma e do encontro com um novo eu, e o desfazer é um dos trabalhos mais importantes, para que aquilo que já é em sua essência possa se manifestar livremente e espontaneamente, deixando para trás os padrões e condicionamentos que são onde se encontram as causas dos infortúnios humanos.

É através da realização deste caminho que se tornam possível a alegria e a inspiração contínua! Por meio da conexão com a Grande Vida e a superação do pequeno ego humano, através do abondono do sacríficio e, por meio, da aceitação do estado de graça!

Cabe a você escolher!


fonte: http://dedentrodamatrix.blogspot.com/

Não pense duas vezes - Pe. Fábio de Melo






Pe. Fábio de Melo 

A felicidade é um susto. Chega na calada da noite, na fala do dia, no improviso das horas. Chega sem chegar, insinua mais que propõe... Felicidade é animal arisco. Tem que ser adimirada à distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela. Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la.

Felicidade é chuva que cai na madrugada, quando dormimos. O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressurreição.

Felicidade é coisa que não tem nome. É silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono. É fala calmante em instantes de desconsolo.

Felicidade é palavra pouca que diz muito. É frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros.

Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira... Eu vivo assim... Sem doma, sem dona, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira. Eu quero a felicidade de toda hora. Não quero o rancor, não quero o alarde dos artifícios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho em suas gaiolas tão mesquinhas.

O que quero é o olhar de Jesus refletido no olhar de quem amo. Isso sim é felicidade sem medidas. O café quente na tarde fria, a conversa tão cheia de humor, o choro vez em quando.

Felicidades pequenas... O olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, à distância, sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido.

A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito. Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero.
E então sorrio, como quem sabe que, quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças... E aí sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe.

O que hoje você tem diante dos olhos? Merece um sorriso? Não pense duas vezes...

O nosso encanto de cada dia



Pe. Fábio de Melo
Ainda bem que o tempo passa! Já imaginou o desespero que tomaria conta de nós se tivéssemos que suportar uma segunda feira eterna?

A beleza de cada dia só existe porque não é duradoura. Tudo o que é belo não pode ser aprisionado, porque aprisionar a beleza é uma forma de desintegrar a sua essência. Dizem que havia uma menina que se maravilhava todas as manhãs com a presença de um pássaro encantado. Ele pousava em sua janela e a presenteava com um canto maravilhoso que não durava mais que cinco minutos. A beleza era tão intensa que o canto a alimentava pelo resto do dia. Certa vez, ela resolveu armar uma armadilha para o pássaro encantado. Quando ele chegou, ela o capturou e o deixou preso na gaiola para que pudesse ouvir por mais tempo o seu canto.

O grande problema é que a gaiola o entristeceu, e triste, ele deixou de cantar.

Foi então que a menina descobriu que o canto do pássaro só existia porque ele era livre. O encanto estava justamente no fato de não o possuir. Livre, ele conseguia derramar na janela do quarto a parcela de encanto que seria necessário para que a menina pudesse suportar a vida. O encanto alivia a existência... Aprisionado, ela o possuia, mas não recebia dele o que ela considerava ser a sua maior riqueza: o canto!

Fico pensando que nem sempre sabemos recolher só encanto... Por vezes, insistimos em capturar o encantador, e então o matamos de tristeza.

Amar talvez seja isso: Ficar ao lado, mas sem possuir. Viver também.

Precisamos descobrir, que há um encanto nosso de cada dia que só poderá ser descoberto à medida em que nos empenharmos em não reter a vida.

Viver é exercício de desprendimento. É aventura de deixar que o tempo leve o que é dele, e que fique só o necessário para continuarmos as novas descobertas.

Há uma beleza escondida nas passagens... Vida antiga que se desdobra em novidades. Coisas velhas que se revestem de frescor. Basta que retiremos os obstáculos da passagem. Deixar a vida seguir. Não há tristeza que mereça ser eterna. Nem felicidade. Talvez seja por isso que o verbo "dividir" nos ajude tanto no momento em que precisamos entender o sentimento da tristeza e da alegria. Eles só são suportáveis à medida em que os dividimos...

E enquanto dividimos, eles passam, assim como tudo precisa passar.

Não se prenda ao acontecimento que agora parece ser definitivo. O tempo está passando... Uma redenção está sendo nutrida nessa hora...

Abra os olhos. Há encantos escondidos por toda parte. Presta atenção. São miúdos, mas constantes. Olhe para a janela de sua vida e perceba o pássaro encantado na sua história. Escute o que ele canta, mas não caia na tentação de querê-lo o tempo todo só pra você. Ele só é encantado porque você não o possui.

E nisto consiste a beleza desse instante: o tempo está passando, mas o encanto que você pode recolher será o suficiente para esperar até amanhã, quando o passaro encantado, na hora em que você menos imaginar, voltar a pousar na sua janela.
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